PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Professores da UFMG alertam que não é hora de flexibilizar o isolamento social em MG



Um mês a mais de medidas de distanciamento social pode adiar, em dois meses, o novo pico de infecções pelo coronavírus, evitando a sobrecarga do sistema de saúde. Essa avaliação é feita por seis professores da UFMG no artigo Por que ainda não é o momento de flexibilizar o isolamento social em Minas Gerais – nove argumentos com embasamento científico, publicado dia 10/05.

No documento, os docentes da Faculdade de Medicina argumentam que, “se o número de pessoas suscetíveis ao novo coronavírus for muito grande, os casos podem ressurgir rapidamente à medida que empresas, indústrias, comércios e escolas gradualmente retomam suas atividades, aumentando, assim, o contato social".

O grupo de pesquisadores afirma que a flexibilização prematura das políticas de isolamento social provoca o aumento da taxa de transmissão do vírus. Segundo eles, o  R0 ou Rt – medida que indica o número de contágios que cada pessoa infectada é capaz de produzir – inferior a 1 indica que a transmissão do vírus na comunidade está diminuindo, e o Rt superior a 1 atesta que a transmissão está aumentando e pode acarretar uma segunda onda de infecções. E citam o caso da Alemanha, um país com planejamento rigoroso para reabertura, mas cujo Rt passou de 0,7 a 1 em apenas uma semana após o início da flexibilização.

Diante desse cenário de incerteza, os pesquisadores da UFMG insistem que o isolamento social ainda é a melhor prevenção contra o avanço da Covid-19. Com base nos critérios propostos pela OMS e por outros países, eles listam nove motivos pelos quais Minas Gerais ainda não apresenta condições para iniciar a flexibilização do isolamento social:
1) A transmissão do vírus no Brasil ainda não está controlada;
2) Nosso sistema de saúde ainda não está detectando, como deveria, as pessoas com Covid-19 em Minas Gerais (“subnotificação”);
3) Ainda não há um planejamento para a realização de testes em amostra representativa da população;
4) É necessário aprimorar a sistematização e a transparência das informações relativas aos serviços de saúde (profissionais, disponibilidade de leitos, insumos de proteção individual [EPIs], respiradores);
5) Os protocolos com as medidas preventivas e de controle em ambientes de trabalho, espaços públicos e escolas ainda não foram amplamente divulgados e debatidos nos diversos setores da nossa sociedade;
6) É insuficiente ainda o investimento em campanhas que promovam o engajamento da população e conscientização para adesão às medidas preventivas;
7) É preciso esclarecer como será a vigilância e o controle de possíveis novos casos importados de outras cidades e estados;
8) A “imunidade de rebanho” não ocorrerá tão cedo;
9) Ainda não há suficiente alinhamento quanto à política de prevenção entre os âmbitos federal e estadual para garantir ações coordenadas e efetivas.

Fonte: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/professores-da-ufmg-alertam-que-nao-e-hora-de-flexibilizar-o-isolamento-social-em-minas 
Acesse o artigo em https://ufmg.br/storage/a/6/3/e/a63e11d40c886d9415662777cf356c39_15891239710095_768519415.pdf

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Ex-PM lança livro sobre transformação social por meio da música na periferia

Anderson Brasil (Créditos: Valnei Souza Santos)
"Anderson Brasil nasceu em Feira de Santana, interior da Bahia, mas aos 9 anos mudou-se para o bairro de Valéria, na periferia de Salvador, onde permaneceu por 15 anos. Lá, conheceu a realidade de quem vive na pobreza.

Aprendeu violão aos 16 anos com um professor voluntário da comunidade. Aos 21, ele mesmo passou a dar aulas do instrumento na associação comunitário do bairro.
No ano seguinte ingressou na graduação de licenciatura em música da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Por falta de condições financeiras da família, no mesmo período fez concurso para a Polícia Militar, tornando-se PM, ficando 12 anos na corporação.

O músico viveu um paradoxo. Depois de presenciar a morte de vários colegas vitimados pela violência, fruto do tráfico de drogas, passou a adentrar em favelas com armamento e aparato policial cumprindo ordens do Estado. 'Morava na periferia, trabalhava como policial e paralelamente sempre autuei como professor. Isso era um paradoxo na minha cabeça: um policial, que mora na periferia, dando aula de música. Então estava sempre em cheque com minha crença', conta Anderson.

O recém-lançado livro Música e Periferia: O Sonho e o Real em um Mundo Negro Chamado Bahia (Appris Editora), de Anderson Brasil, nasceu dessa reflexão. A obra é fruto de sua tese de doutorado em música pela UFBA. O livro, com profundo embasamento teórico, trata da profissionalização de jovens na área de música em condições de vulnerabilidade social. O fato do autor ser ele próprio exemplo da situação traz verdade e crueza ao relato incomum em obras acadêmicas."

Leia na íntegra em https://www.cartacapital.com.br/opiniao/ex-pm-lanca-livro-sobre-transformacao-social-por-meio-da-musica-na-periferia/

Projeto da Faculdade de Medicina com a PBH promove saúde do trabalhador



Promover e defender a saúde dos trabalhadores, bem como dar as coordenadas para as ações de vigilância direcionadas a eles. Estas são as principais missões do Observatório em Saúde do Trabalhador da Faculdade de Medicina da UFMG (acesse aqui o OSAT). Atento ao trabalho colaborativo, o projeto reúne profissionais da saúde, ativistas e representantes sindicais na mesma roda de diálogo.

O projeto foi criado em 2013, pela parceria entre Faculdade de Medicina da UFMG e a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH). Entre as instituições amigas, estão a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), a Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT/MG), o Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança/MG e a Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais.

O coordenador do Osat e professor titular do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade, Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro, conta que um dos primeiros consensos alcançados pelo projeto foi sobre sua natureza e composição. Ficou decidido que o Observatório teria como espelho o próprio SUS e, por isso, se apoiaria na inclusão de novos olhares, tanto técnicos, quanto sociais. “O OSAT seria um observatório interinstitucional, intersetorial e aberto à sociedade e aos trabalhadores”, afirma. 

Por ser um espaço de encontro bastante plural, diferentes ocupações têm a oportunidade de aprimorar saberes. “O que me motivou participar do Osat, foi minha admiração pela saúde coletiva e a necessidade de ações preventivas nos ambientes de trabalho”, explica Antônio Pádua Aguiar, membro desde 2014, metalúrgico e atual representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG) no Conselho Estadual de Saúde. “No Osat, vislumbrei uma oportunidade de aprofundamento de estudos de casos de adoecimentos dos trabalhadores e trabalhadoras”, detalha.

Assim, seja na elaboração de análises ou na promoção de eventos técnico-científicos, todas as iniciativas do observatório surgem da avaliação de diferentes vertentes. É o que concorda José Tarcísio de Castro Filho, colaborador desde 2017, médico do trabalho e coordenador da área na Diretoria de Promoção da Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. “O objetivo central sempre será beneficiar a comunidade de alguma forma ao abordar as condições de saúde do trabalhador como tema comum, aliando capacidades e experiências, inclusive abordando o contraditório”, destaca.

Fonte: https://www.medicina.ufmg.br/conheca-o-trabalho-de-vigilancia-do-observatorio-em-saude-do-trabalhador/

Estudantes de medicina produzem boletim diário sobre a Covid-19

Uma síntese diária de informações sobre a Covid-19, como o número de casos confirmados, notícias publicadas na mídia nacional e internacional e novidades científicas sobre o tema, é feita pelo Boletim Matinal, publicação on-line produzida por estudantes de medicina da UFMG.

O Boletim é uma ação do projeto de extensão Adote sua vizinhança em tempos de coronavírus, que organiza a atuação de estudantes dos cursos de Enfermagem e Medicina no combate ao novo coronavírus, principalmente em suas cidades de origem, muitas no interior do estado.
“A publicação foi concebida para manter atualizados os membros do projeto, incluindo teleconsultores. As informações são destinadas ao público profissional da área da saúde, mas sabemos que também chegam à população, ainda que ela não compreenda todos os aspectos técnicos”, afirma o idealizador da iniciativa, o estudante Bruno Campos Santos, do 12º período de Medicina.

O Boletim Matinal é disponibilizado na página de enfrentamento à Covid-19 desenvolvida pelo Centro de Tecnologia em Saúde da Unidade (clique aqui para acessar), onde também está disponível o projeto Tira-dúvidas. “O Boletim propicia a divulgação de dados confiáveis e seguros sobre a pandemia”, ressalta a coordenadora do projeto, Maria do Carmo Barros de Melo, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina.

Fonte: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/estudantes-de-medicina-produzem-boletim-diario-sobre-o-coronavirus