Eu sonhei que estava num museu do Clube da Esquina,
de arquitetura simples, mas genial, desenhada pelo Veveco. Tinha um espaço que
era réplica da boate Berimbau, onde certa noite de 1964, eu e Bituca, ele com
21 anos, eu com 18, juramos ser amigos para sempre e servir às causas certas
com nossa música e nossa arte. Esta boate, réplica do Berimbau, era o charme do
Museu.
(...)
Em resumo, sonhei com um Museu vivo e pulsante,
digno de nossos melhores arroubos juvenis. Um espaço consagrado a preservar um
tempo e uma experiência, onde todos podíamos hastear de novo a bandeira da
amizade e da convivência criativa. Foi um sonho tão lindo que agora quero me
dedicar à sua realização, por saber que um espaço assim, tão generoso e
translúcido, concebido sem fins de lucro ou glória pessoal, vai fazer um bem
enorme a muita gente – como matéria de instrução, motivação e memória. E tem a
contrapartida social: por meio do Museu, promovemos o repasse de nossa
experiência para as comunidades mineiras e brasileiras onde haja crianças e
jovens que queiram seguir os trilhos da música popular, promovemos intensamente
a nossa cultura, assumimos o compromisso de conservar e defender esse
patrimônio histórico e artístico, que vem a ser a música popular produzida em
Minas Gerais, a partir das primeiras manifestações do Clube da Esquina até os
dias de hoje.
Texto de Márcio
Borges
Fonte: Clube da Esquina
Leia o texto
completo e conheça o Museu Clube da Esquina
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