Grupos de pesquisadores que
desenvolvem atividades de extensão em diferentes áreas do conhecimento podem
inscrever, por meio do programa Participa UFMG, projetos que contribuam para o
diagnóstico dos danos e a reconstrução das áreas atingidas pelo rompimento das
barragens da Samarco Mineração, no município de Mariana. Além de estruturar um
banco de dados de projetos e especialistas, o Programa vai articular grupos de
trabalho para ações continuadas.
De acordo com o reitor Jaime
Ramírez, muitos grupos e especialistas da Universidade já estão comprometidos
com o processo de reconstrução, em seus mais diversos aspectos, da região
afetada pelo rompimento da barragem. "A ideia do Participa UFMG é motivar
toda a comunidade, estabelecendo e organizando formas que viabilizem o
envolvimento voluntário dos integrantes de nossa comunidade. No fundo, buscamos
a criação de um cadastro espontâneo e que expressa o compromisso ético e social
da UFMG para com o país."
O Participa UFMG dá
sequência às iniciativas da Pró-reitoria de Extensão (Proex) para definir um
plano de ação da Universidade em favor da população atingida. As atividades
foram iniciadas no dia 27 de novembro, quando a pró-reitora adjunta de
Extensão, Cláudia Mayorga, visitou Mariana e região, acompanhada de moradores e
integrantes da Pró-reitoria de Extensão da Ufop.
“Na visita, confirmamos que
a reconstrução ocorrerá em médio e longo prazos, tanto numa perspectiva
material – de saúde e moradia –, quanto na perspectiva do cotidiano, envolvendo
educação e trabalho", afirma Cláudia Mayorga. Segundo ela, grupos da
Escola de Veterinária e da Faculdade de Medicina já se prontificaram a
desenvolver ações emergenciais e de curto prazo para atender a população atingida.
Os interessados em se
cadastrar no banco de dados de pesquisadores e projetos – a primeira etapa do
Participa UFMG – devem preencher e enviar formulário,
até o dia 15 de janeiro, para o e-mail comunica@proex.ufmg.br.
A segunda etapa do programa
será ancorada na formação de grupos transdisciplinares de trabalho, que
iniciarão, em março de 2016, suas atividades de pesquisa e propostas de
intervenção, sempre em colaboração com a população atingida.
“A interdisciplinaridade é
fundamental para a extensão. Não será apenas um campo que vai ajudar a
construir o diagnóstico da situação das regiões atingidas pela lama”, pondera a
pró-reitora adjunta de Extensão. “Da mesma forma, não pretendemos construir
projetos isolados. Como o problema é muito grande, a ideia é congregar outras
instituições de ensino e iniciativas”, afirma Cláudia Mayorga.
Os grupos de trabalho serão
articulados pela Pró-reitoria de Extensão até fevereiro.
Fonte: UFMG
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