No dia 28/05, o LinTrab ministrou minicurso no VII SITRE – Simpósio Internacional Trabalho, Relações de Trabalho, Educação e Identidade, realizado na FAE/UFMG. Os professores Antônio Augusto Moreira de Faria (foto), Denise dos Santos Gonçalves e Maria Juliana Soares estiveram com 30 participantes, com os quais conversaram sobre o trabalho do LinTrab desde a sua fundação, em 2009.
Foram apresentados aos presentes alguns conceitos norteadores para as pesquisas do grupo, entre eles o entendimento de que a linguagem e o trabalho são dimensões constitutivas da vida humana e que discursos materializam determinadas visões de mundo, muitas delas encontradas na relação capital x trabalho. O protagonismo e o silenciamento de trabalhadores em discursos - jornalísticos, literários, educacionais - foi outro tema em pauta na discussão.
Ao final do encontro, os participantes analisaram textos literários retirados das antologias produzidas pelo LinTrab (que podem ser acessadas aqui no blog), entre eles o poema que reproduzimos abaixo:
Da senzala... (Cruz e Sousa) De dentro da senzala escura e lamacenta Aonde o infeliz De lágrimas em fel, de ódio se alimenta Tornando meretriz A alma que ele tinha, ovante, imaculada Alegre e sem rancor, Porém que foi aos poucos sendo transformada Aos vivos do estertor... De dentro da senzala Aonde o crime é rei, e a dor – crânios abala Em ímpeto ferino; Não pode sair, não, Um homem de trabalho, um senso, uma razão... E sim um assassino!
Foram apresentados aos presentes alguns conceitos norteadores para as pesquisas do grupo, entre eles o entendimento de que a linguagem e o trabalho são dimensões constitutivas da vida humana e que discursos materializam determinadas visões de mundo, muitas delas encontradas na relação capital x trabalho. O protagonismo e o silenciamento de trabalhadores em discursos - jornalísticos, literários, educacionais - foi outro tema em pauta na discussão.
Ao final do encontro, os participantes analisaram textos literários retirados das antologias produzidas pelo LinTrab (que podem ser acessadas aqui no blog), entre eles o poema que reproduzimos abaixo:
Da senzala... (Cruz e Sousa) De dentro da senzala escura e lamacenta Aonde o infeliz De lágrimas em fel, de ódio se alimenta Tornando meretriz A alma que ele tinha, ovante, imaculada Alegre e sem rancor, Porém que foi aos poucos sendo transformada Aos vivos do estertor... De dentro da senzala Aonde o crime é rei, e a dor – crânios abala Em ímpeto ferino; Não pode sair, não, Um homem de trabalho, um senso, uma razão... E sim um assassino!