Por Fabíola de Paula
Em uma escola pública da ilha de São Tomé, na África, com pátio amplo e
arborizado, as crianças brincam por todo o ambiente e até comem as frutas que
dão nas árvores ali. Há um elemento deste espaço, porém, do qual elas ainda não
se apropriaram tanto. “Percebo que as crianças não têm o hábito de colocar
cartazes nas paredes das salas e nos corredores da escola”, observa a estudante
de Pedagogia da UFMG Laís Reis, que realiza intercâmbio de dois meses em São
Tomé e Príncipe.
Laís integra o segundo grupo de intercambistas de graduação da UFMG que
participam do projeto “Formação de Professores brasileiros e santomenses e o
aprendizado inicial da língua portuguesa pelas crianças santomenses”, sob a
coordenação da professora da Faculdade de Educação (FaE) Francisca Maciel,
resultado de parceria entre a UFMG e a USTP, integrando o Programa de
Mobilidade Capes/AULP. Ao promover a ida de graduandos, mestrandos, doutorandos
e professores da UFMG para o país africano, além da vinda de estudantes
universitários santomenses para o Brasil, o projeto busca uma formação de mão
dupla dos educadores dos dois países. “Durante essa experiência estou
desenvolvendo um olhar mais observador sobre a prática escolar e, com isso,
entendendo melhor o cotidiano do que seja ser professor”, conta Laís.
Em uma atividade com uma turma da 1ª classe (equivalente ao 1º ano do
Ensino Fundamental no Brasil), Laís Reis pediu às crianças que se sentassem em
roda para ouvir uma história. Enquanto narrava, fazia perguntas aos alunos, que
respondiam e participavam ativamente. Em seguida, a turma ilustrou a história
em um grande papel com muitas cores. E assim surgiu o primeiro cartaz daquela
sala feito pelos próprios alunos.
(...)
Fonte de texto e imagem: FAE/UFMG
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