PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Projeto Pensar a Educação discute universidade pública



O projeto Pensar a Educação,Pensar o Brasil, da Faculdade de Educação (FaE), realiza nesta quinta, dia 29, mais uma palestra do seminário Universidade pública: inclusão, diversidade e qualidade. O convidado é o reitor da UFMG, Jaime Ramírez.

A conferência acontecerá às 19h, no auditório Neidson Rodrigues, da unidade, com transmissão ao vivo pela Rádio FaE e pelo Justin.tv, portal de exibição de vídeos via streaming. Mais informações pelo telefone (31) 3409-5313 ou pelo e-mail pensar@ufmg.br.

Universidade Pública: inclusão, diversidade e qualidade é o tema da edição 2014 do seminário anual do projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil. O evento deste ano foi dividido em quatro palestras, que vêm sendo realizadas desde janeiro. 

Os encontros reúnem alunos, professores e pesquisadores para discutir o acesso ao ensino superior público no Brasil. A conferência do professor Jaime Ramírez encerra a programação do primeiro semestre.
Fonte: UFMG

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Encontro de literatura analisa a influência de Alexandre, O Grande


O 3º Seminário de Literatura Helenística e Latina do Núcleo de Estudos Antigos e Medievais (Neam) aborda, na próxima quarta-feira, dia 28, a vida do mais célebre conquistador do mundo antigo, Alexandre, o Grande. O evento começa às 11h na sala 2001 da Faculdade de Letras da UFMG, sob coordenação do professor Olimar Flores-Júnior.

O seminário é aberto ao público e dispensa inscrição prévia. Haverá certificação para os participantes. Mais informações pelo e-mail neamufmg@gmail.com.

Confira a programação:

Das 11h às 12h - Vidas de Alexandre: anotações sobre o mito alexandrino, da Antiguidade aos nossos dias. O tema será conduzido pelo professor José Antônio Dabdab Trabulsi, do Departamento de História da UFMG. Trabulsi é doutor em História pela Université de Besançon (França) e especialista em historiografia e política.

Das 14h30 às 15h30 - Alexandre no principado romano: uma leitura de Quinto Cúrcio. O conferencista será Fábio Faversani, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC).

Das 15h30 às 16h30 - Alexandre na literatura e o romance de Alexandre, ministrada por Jacyntho Lins Brandão, professor da Fale. Brandão é doutor em Letras Clássicas pela USP e sócio-fundador da SBEC. Seus principais trabalhos compreendem as áreas de literatura, língua e filosofia da Grécia Antiga.

Fonte: UFMG

terça-feira, 13 de maio de 2014

13 de maio, aniversário de nascimento de Afonso Henriques de Lima Barreto

Na data em que se comemora o aniversário de nascimento de Lima Barreto, prestamos nossas homenagens com um fragmento do texto “Maio”. Nele, Lima Barreto reporta ao que ocorria no Brasil e no exterior desde nossa abolição da escravatura, cujo treze de maio de 1888 coincidiu com o sétimo aniversário do escritor. 

 



(...)

Oh! O tempo! O inflexível tempo, que como o Amor, é também irmão da Morte, vai ceifando aspirações, tirando presunções, trazendo desalentos, e só nos deixa na alma essa saudade do passado às vezes composta de coisas fúteis, cujo relembrar, porém, traz sempre prazer.

Quanta ambição ele não mata! Primeiro são os sonhos de posição: com os dias e as horas e, a pouco e pouco, a gente vai descendo de ministro a amanuense; depois são os do Amor – oh! como se desce nesses! Os de saber, de erudição, vão caindo até ficarem reduzidos ao bondoso Larousse. Viagens... Oh! As viagens! Ficamos a fazê-las nos nossos pobres quartos, com auxílio do Baedecker e outros livros complacentes.
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Lima Barreto

sábado, 10 de maio de 2014

Salário mínimo é responsável por 70% da redução da desigualdade


A valorização do salário mínimo na última década foi responsável por 70% da redução no coeficiente de Gini, que passou de 0,594, em 2001, para 0,527, em 2011. O índice mede a desigualdade de renda no mercado de trabalho e, quanto mais próximo de 0, menor a diferença entre os maiores e os menores salários.


De acordo com o professor Naercio Menezes Filho, do Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa, a redução da desigualdade promovida pela valorização do salário mínimo é ainda mais evidente entre as mulheres. “Da redução do [coeficiente de] Gini no mercado de trabalho, o salário mínimo é responsável por cerca de 70%. O efeito é mais importante para as mulheres do que para os homens, já que há muitas mulheres ganhando salário mínimo, principalmente empregadas domésticas”, disse.


O professor participou do seminário Política de Salário Mínimo para 2015–2018: Avaliações de Impacto Econômico e Social, organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) e pela Escola de Economia de São Paulo (Eesp-FGV).


Na mesa que discutiu a distribuição de renda promovida pelo salário mínimo, o professor André Portela, da Eesp, avaliou que, nos últimos anos, a valorização tem beneficiado a população com renda intermediária e não os mais carentes. Portanto, de acordo com ele, a política econômica deveria investir em outros mecanismos de redução da desigualdade, como a ampliação de programas como o abono salarial e o Bolsa Família.


Para o professor Marcio Pochmann, da Universidade de Campinas (Unicamp), a valorização do mínimo precisa retomar o objetivo de quando o benefício foi criado, de ser um parâmetro para as necessidades de sobrevivência do trabalhador.


“O salário mínimo foi estabelecido na década de 1940 como a média do salário urbano e era acima do PIB [Produto Interno Bruto] per capita. Representava um componente de garantir o mínimo para a força de trabalho. Com a política de arrocho da década de 1960, o mínimo não acompanhou a inflação. Somente a partir do Plano Real, o mínimo se deslocou de elemento de combate à inflação para instrumento de combate à pobreza”, relembrou.

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Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Organização das bibliotecas para a primeira infância é tema de debate na UFMG

http://www.ceale.fae.ufmg.br/pages/view/ceale-debate-de-maio-coloca-em-discussao-as-bibliotecas-infantis.html

Com o tema “Organização de bibliotecas para a primeira infância: as contribuições de duas experiências mexicanas”, a próxima edição do Ceale Debate abordará as questões referentes às bibliotecas especializadas para crianças de até seis anos de idade. O evento é na próxima quarta (7 de maio), das 19h30 às 21h30, no Auditório Neidson Rodrigues da Faculdade de Educação da UFMG (Av. Antônio Carlos, 6.627 - Campus Pampulha – Belo Horizonte)

Como organizar os acervos de livros para crianças de até seis anos de idade, nos diferentes espaços e contextos da Educação Infantil e bibliotecas não escolares? Partindo de experiências desenvolvidas em duas universidades mexicanas, as palestrantes discutem as classificações sugeridas para catalogação e organização dos livros infantis, apresentam projetos e atividades que podem ser desenvolvidos pelas bibliotecas escolares e não escolares, e ainda refletem sobre as potencialidades de se criar uma biblioteca para alunos de Educação Infantil em ambientes universitários.

A primeira parte da palestra será proferida por Beatriz Soto, professora da Universidade Autônoma de Querétaro, onde coordena as Bibliotecas Infantis Universitárias, que atende crianças de zero a doze anos e mantém projetos inclusivos para crianças as com necessidades educativas especiais. A outra convidada é a psicóloga Edith Corona, coordenadora do Projeto de Desenvolvimento de Habilidades Leitoras na Infância na Biblioteca Infantil da Benemérita Universidade Autônoma de Puebla, também no México.

O Ceale Debate acontece mensalmente na Faculdade de Educação. O objetivo das palestras é compartilhar resultados de pesquisas, concluídas ou em andamento, auxiliando na formação de professores alfabetizadores, educadores e estudantes de cursos de graduação envolvidos com o ensino e o aprendizado da leitura e da escrita. A inscrição é gratuita e pode ser feita através do e-mail cealedebate2014@gmail.com.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

MAIO



Estamos em maio, o mês das flores, o mês sagrado pela poesia. Não é sem emoção que o vejo entrar. Há em minha alma um renovamento; as ambições desabrocham de novo e, de novo, me chegam revoadas de sonhos. Nasci sob o seu signo, a treze, e creio que em sexta-feira; e, por isso, também à emoção que o mês sagrado me traz se misturam recordações da minha meninice.

Agora mesmo estou a lembrar-me que, em 1888, dias antes da data áurea, meu pai chegou em casa e disse-me: a lei da abolição vai passar no dia de teus anos. E de fato passou; e nós fomos esperar a assinatura no Largo do Paço.

Na minha lembrança desses acontecimentos, o edifício do antigo paço, hoje repartição dos Telégrafos, fica muito alto, um sky scraper; e lá de uma das janelas eu vejo um homem que acena para o povo.

Não me recordo bem se ele falou e não sou capaz de afirmar se era mesmo o grande Patrocínio.

Havia uma imensa multidão ansiosa, com o olhar preso às janelas do velho casarão. Afinal a lei foi assinada e, num segundo, todos aqueles milhares de pessoas o souberam. A princesa veio à janela. Foi uma ovação: palmas, acenos com lenço, vivas...

Fazia sol e o dia estava claro. Jamais, na minha vida, vi tanta alegria.

Era geral, era total; e os dias que se seguiram, dias de folganças e satisfação, deram-me uma visão da vida inteiramente festa e harmonia.

Houve missa campal no Campo de São Cristóvão. Eu fui também com meu pai; mas pouco me recordo dela, a não ser lembrar-me que, ao assisti-la, me vinha aos olhos a “Primeira Missa”, de Vítor Meireles. Era como se o Brasil tivesse sido descoberto outra vez... Houve o barulho de bandas de música, de bombas e girândolas, indispensável aos nossos regozijos; e houve também préstitos cívicos. Anjos despedaçando grilhões, alegorias toscas passaram lentamente pelas ruas. Construíram-se estradas para bailes populares; houve desfile de batalhões escolares e eu me lembro que vi a princesa imperial, na porta da atual Prefeitura, cercada de filhos, assistindo àquela fileira de numerosos soldados desfiar devagar. Devia ser de tarde, ao anoitecer.

Ela me parecia loura, muito loura, maternal, com um olhar doce e apiedado. Nunca mais a vi e o imperador nunca vi, mas me lembro dos seus carros, aqueles enormes carros dourados, puxados por quatro cavalos, com cocheiros montados e um criado à traseira.

Eu tinha então sete anos e o cativeiro não me impressionava. Não lhe imaginava o horror; não conhecia a sua injustiça. Eu me recordo, nunca conheci uma pessoa escrava. Criado no Rio de Janeiro, na cidade, onde já os escravos rareavam, faltava-me o conhecimento direto da vexatória instituição, para lhe sentir bem os aspectos hediondos.

Era bom saber se a alegria que trouxe à cidade a lei da abolição foi geral pelo país. Havia de ser, porque já tinha entrado na consciência de todos a injustiça originária da escravidão.

(...)
Lima Barreto