PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Pesquisa do Poslin/Fale/UFMG estuda léxico da cidade de Salinas relacionado à cachaça

"Poucas cidades se relacionam de maneira tão intensa com uma atividade produtiva quanto Salinas, no Norte de Minas Gerais. Para ter certeza disso, basta saber que o município é, desde 2018, a Capital Nacional da Cachaça (o título foi outorgado por meio da Lei 13.773). Um aspecto particular dessa relação é o mote central da pesquisa de mestrado defendida recentemente, no Programa de Pós-graduação em Linguística da Faculdade de Letras da UFMG, por Maurício Alves de Souza Pereira. O pesquisador encontrou léxico muito diversificado e elaborou um glossário com 272 entradas. Essas palavras e expressões traduzem, de maneiras distintas, a relação dos salinenses com a produção, a comercialização e o consumo da aguardente de cana, e também aspectos da sociabilidade vinculada à bebida.

Mauricio entrevistou dez homens e quatro mulheres – canavieiros, alambiqueiros, tecnólogos, vendedores, entre outros profissionais. Ele consultou nove dicionários, desde o século 18, e achou a maior parte das lexias nas obras contemporâneas, como Michaellis, Aulete e Houaiss. “A pesquisa revelou modificações de forma e sentido em muitos dos termos, que aparecem relacionados a plantio e colheita da cana, produção – aí incluído o uso de máquinas e instrumentos – e características sensoriais da cachaça, entre outros aspectos da atividade”, conta o pesquisador, que leciona em escolas da educação básica em Montes Claros."

Leia na íntegra em https://ufmg.br/comunicacao/noticias/estudo-lista-quase-300-palavras-e-expressoes-que-revelam-a-relacao-de-salinas-com-a-cachaca



domingo, 21 de fevereiro de 2021

E-book Mulher faz ciência chega à terceira edição


"O terceiro volume do e-book Mulher faz ciência, recém-lançado pela Fundação de Apoio à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), que perfila mais dez mulheres cientistas, traz histórias e depoimentos de três professoras da UFMG. Elas são Michelle Murta, da Faculdade de Letras, primeira docente surda efetivada na Universidade, Santuza Teixeira e Vivian Vasconcelos Costa, ambas do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

A iniciativa marca o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro desde 2015, quando a data foi instituída pela Organização das Nações Unidas. O objetivo da publicação, que pode ser baixada gratuitamente, é inspirar jovens mulheres, despertar o interesse delas para a carreira científica e valorizar o trabalho de cientistas do sexo feminino. A publicação apresenta profissionais atuantes em diferentes áreas e que também representam as mulheres em sua diversidade."

Fonte: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/perfis-res-professoras-da-ufmg-compoem-e-book-que-celebra-mulheres-cientistas

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

É urgente incluir as desigualdades nos indicadores educacionais

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"O Brasil é um país profundamente desigual, inclusive na educação. O direito à educação se concretiza com a garantia de acesso a uma escola de educação básica, com a permanência regular e prolongada, e, finalmente, com o aprendizado do que é necessário para uma cidadania plena. O artigo 205 da nossa Constituição Federal define que é dever do Estado garantir isso a todos, para o que é essencial dar as condições adequadas de funcionamento às escolas.

Pesquisas acadêmicas, realizadas por vários grupos de universidades brasileiras – como o Nupede, da Faculdade de Educação da UFMG –, mostraram grandes diferenças entre os resultados dos estudantes pertencentes a diferentes grupos sociais e também no que se refere às condições de funcionamento das escolas.(...) Por um lado, é alentador que a lei do novo Fundeb exija a inclusão das desigualdades no novo indicador, possibilitando que, nos próximos anos, a educação brasileira passe a ser monitorada de forma mais adequada. Por outro lado, qualificar e garantir que desigualdades serão consideradas explicitamente pelo novo indicador é tarefa prioritária e ainda em construção. 

Ou seja, as políticas públicas para a educação brasileira precisam ser desenhadas com base em indicadores de monitoramento da qualidade da educação que incluam, a um só tempo, o nível do aprendizado – já utilizado atualmente – e as desigualdades entre grupos de estudantes definidos por características sociodemográficas (sobretudo raça, gênero e nível socioeconômico). Atualmente, as desigualdades são ignoradas no planejamento educacional, feito sob influência do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação. Esse indicador não possibilita a explicitação completa das desigualdades, já que, sem acesso especial aos dados, não há como calcular o seu valor para os diferentes grupos sociais."

Leia na íntegra em https://ufmg.br/comunicacao/noticias/e-urgente-incluir-as-desigualdades-nos-indicadores-educacionais

 

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Em entrevista, Milton Hatoum fala sobre a sua visão de literatura, o colapso de Manaus e a crise sanitária e sua condução pelo governo


"Na última terça-feira (26), o escritor amazonense Milton Hatoum ministrou uma palestra para estudantes da Faculdade de Letras da UFMG, com mediação do professor de literatura brasileira Alexandre Fonseca. No mesmo dia, o escritor concedeu entrevista ao Portal UFMG, e os temas do bate-papo que durou quase duas horas transcenderam a literatura. Hatoum discorreu sobre a crise sanitária, fez duras críticas à sua condução feita pelo governo e mostrou-se assustado com a dependência das pessoas – inclusive de alguns escritores – das redes sociais. Para ele, que diz ter um 'ritmo amazônico' de produção, caracterizado por muita reflexão e reescrita, a literatura é 'contra o circunstancial, trabalha e reaviva o passado'."