PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Clique na imagem para acompanhar a situação de estados e municípios em relação à meta nacional

quarta-feira, 29 de março de 2017

Em edição comemorativa, Revista Literária da UFMG reúne textos que expressam, por meio da escrita, as inquietações de jovens brasileiros na segunda metade do século 20

http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/literaria_corpo_discente/index

Itamar Rigueira Jr.
 
A história de uma publicação muito especial está sendo revivida e homenageada em forma de edição comemorativa. A Revista Literária, criada há 50 anos na UFMG, circulou por três décadas, com poucas interrupções, publicou cerca de 300 escritores e 110 ilustradores e definiu rumos profissionais e artísticos para pessoas de diversas áreas.

A RL – Revista Literária da UFMG – 50 anos será lançada na quinta-feira, 30, em evento na Faculdade de Letras (Fale). Organizado pelos professores Luis Alberto Brandão, da Fale, e Fernanda Goulart, da Escola de Belas-Artes, o volume contém 50 textos (contos, poemas, crônicas) que, a um só tempo, contam a história da publicação e revelam as inquietações de jovens que se manifestavam, por meio da escrita, no Brasil da segunda metade do século 20.

Criada em 1966 pelos alunos Luiz Vilela e Luis Gonzaga Vieira e pelo assessor de comunicação da UFMG, Plínio Carneiro, a Revista contou, desde o início, com o apoio do então reitor Aluísio Pimenta. Seu conteúdo era ditado por concurso anual, que premiava contos e poemas, e por convites para a "Segunda Seção". Os concursos revelaram nomes como Sérgio Sant'Anna, Humberto Werneck, Maria Esther Maciel, Jaime Prado Gouvêa, Ronald Claver e Guiomar de Grammont. Até 1996, foram publicados 26 números; em 2002, uma última edição chegou a ser impressa. A Revista Literária teve ótima receptividade, dentro e fora do Brasil, atraindo a atenção da imprensa e de leitores qualificados.

A edição comemorativa é resultado de trabalho de curadoria que durou cerca de dois anos. Quando assumiu a Câmara de Pesquisa da Fale, no início de 2015, Luis Alberto Brandão deu sequência ao trabalho de digitalização dos periódicos vinculados à Unidade. Ao tomar contato com a RL, deu-se conta da proximidade do cinquentenário. "Investigamos a história da publicação e ficamos impressionados com a importância e a qualidade dos textos, muitos deles de alunos de graduação", conta. Criou-se, então, um projeto de pesquisa. "Não foi algo feito a toque de caixa, houve planejamento, e o grupo leu todos os números. Foi um processo intenso e emocionante."

Segundo Brandão, a edição transcende a ideia de antologia. "Procuramos construir uma narrativa do que era viver no Brasil naquelas três décadas. Fomos ambiciosos ao desejar que as principais questões estivessem retratadas na seleção, e isso foi possível. Os textos emanam sonhos, críticas, angústias. E seguem uma ordem que não é aleatória, mas também não é explícita. Eles conversam entre si", explica o organizador, destacando que a escolha do material buscou o equilíbrio no que se refere, entre outros aspectos, aos gêneros literários e à presença de mulheres – elas aparecem como temática e como autoras, com discussões de diversas naturezas.

A edição que comemora os 50 anos da Revista Literária revisita o antigo projeto gráfico, mantendo o mesmo formato. "A ideia é que esse número seja parte da coleção da RL", diz Fernanda Goulart, da EBA, que usou texturas de todas as ilustrações publicadas na revista para compor um "clima gráfico" que se aproximasse do que foi a publicação, mas que, ao mesmo tempo, conferisse certo frescor à edição comemorativa. "Não houve uma curadoria de ilustrações, como foi feito com os textos. Criamos uma nova imagem, por meio da apropriação das imagens antigas", conta.

Além disso, a professora criou uma sobrecapa em que aparecem todas as cores usadas pela Revista, aplicadas em fatias dos números (1 a 27) das edições. Internamente, a sobrecapa lista os pseudônimos sob os quais os autores entregavam seus trabalhos para seleção. A coruja que compõe a logomarca foi redesenhada, levando em consideração as muitas variações dos desenhos antigos, e aparece no canto inferior de 42 páginas, como em um voo.

Fernanda Goulart destaca que a edição que será lançada no dia 30 restaura a parceria da Faculdade de Letras com a Escola de Belas-Artes, uma das marcas da Revista – concursos de ilustrações também chegaram a ser realizados. Ela vislumbra uma possível retomada da publicação "com participação mais ativa das artes visuais, que poderiam não estar apenas subordinadas aos textos literários".
(...)

quinta-feira, 23 de março de 2017

Nota Técnica DIEESE – Qualificação Social e Profissional: Análise de Indicadores Selecionados do Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda 2015



https://pt.slideshare.net/LinTrab/nota-tcnica-do-dieese-qualificao-social-e-profissional-anlise-de-indicadores-selecionados-do-anurio-do-sistema-pblico-de-emprego-trabalho-e-renda-2015?qid=f276eedf-1381-4aa0-8a6d-30e75e20769e&v=&b=&from_search=3
A política de qualificação, em conjunto com o Programa Seguro-Desemprego1 e o Sistema Nacional de Emprego (Sine), compõe essencialmente o Sistema Público de Emprego brasileiro. Os primeiros esforços em favor da constituição de uma política de qualificação coordenada pelo Estado coincidem com o objetivo de oferecer oportunidades de qualificação em conjunto com os serviços de intermediação do Sine, em meados da década de 1970. O contexto favorável ao emprego e a ausência de fontes regulares de recursos financeiros para o financiamento da qualificação favoreceram a intermediação em detrimento da oferta de cursos de qualificação profissional.

As transformações do ambiente macroeconômico marcaram a década de 1980, período em que a capacidade do Estado em estimular o crescimento econômico por intermédio das políticas fiscal e monetária esteve enfraquecida, e tiveram reflexo sobre o tamanho e a duração do desemprego. Em resposta, as iniciativas de intervenção direta sobre o mercado de trabalho ganharam força como instrumento de combate ao desemprego, contexto em que a qualificação profissional, na medida em que favorece o exercício de um conjunto mais amplo de ocupações, emergiu como um desses instrumentos (RAMOS, 2009).

(...)