PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Na semana do aniversário de SP, uma reflexão sobre a dedicação de Mário de Andrade à capital paulista

Livro esmiúça curto e intenso exílio de Mário de Andrade no Rio - Jornal O  Globo

'O escritor modernista Mário de Andrade (1893-1945), talvez o mais brilhante de todos os paulistanos, foi o responsável, na década de 1930, pela implantação do Departamento de Cultura e Recreação de São Paulo (embrião da Secretaria Municipal de Cultura). Mesmo sem experiência no serviço público nem vínculo com o grupo político do prefeito Fábio da Silva Prado e do governador Armando Sales de Oliveira, Mário teve razoável liberdade para dirigir o novo órgão. (...) Em apenas três anos à frente do Departamento, Mário foi além dos objetivos “oficiais” do órgão e democratizou a cultura em São Paulo. 

O Teatro Municipal, fundado em 1911 e voltado até então às elites, finalmente abriu suas portas para setores mais pobres e periféricos da população, graças a uma programação cada vez mais gratuita e acessível.(...) Nos “bairros operários” – Lapa, Ipiranga, Santo Amaro e outros –, os parques infantis garantiam aos filhos dos trabalhadores o acesso à educação, ao lazer, à recreação e à assistência médica, odontológica e social. Embora já existissem parques infantis na cidade antes da criação do Departamento, foi Mário quem transformou esses equipamentos em precursores do ensino público infantil em São Paulo. Crianças em idade pré-escolar frequentavam os parques em período integral, a exemplo das creches atuais. A Divisão de Bibliotecas foi outro marco. Até então, não havia nem sequer uma catalogação básica do acervo da Biblioteca Pública Municipal – que, de resto, tinha mais livros estrangeiros do que brasileiros. (...) O acervo de livros se multiplicou e se abrasileirou.(...) As boas novas não pararam por aí. (...) 

É impossível dissociar o êxito administrativo de Mário de Andrade de sua paixão genuína por São Paulo. (...) Orgulhoso de suas conquistas, Mário de Andrade alimentou uma imensa gratidão ao prefeito Fábio Prado. (...) Sua saída do órgão municipal foi traumática. Com o Golpe de 1937 – que implantou o Estado Novo –, acabara o sonho paulista de voltar ao poder ainda naquela década. Em 1º de maio de 1938, o interventor federal de São Paulo, Ademar de Barros, nomeou Prestes Maia para a prefeitura paulistana, no lugar de Fábio Prado. A fase virtuosa do Departamento de Cultura estava com os dias contados.

Avesso às políticas públicas culturais, Prestes Maia esvaziou e enfraqueceu o Departamento. Poucos dias após sua posse, o prefeito demitiu – e, sem perceber, “matou” – Mário de Andrade, que entrou na fase mais depressiva de sua vida."

Leia o artigo de André Cintra na íntegra em https://vermelho.org.br/prosa-poesia-arte/sao-paulo-467-anos-quem-matou-mario-de-andrade/

"Para além das fronteiras: a política linguística brasileira de promoção internacional do português" (Ed UFMG)

 

Machista” e “heteropatriarcal”, a língua portuguesa? - Bonifácio 
 
"A atuação de instituições como a Aliança Francesa, o Instituto Goethe e o Instituto Cervantes é relativamente conhecida dos brasileiros. Bem menos familiar à grande maioria da população é o trabalho do Estado brasileiro de promoção do português no mundo. `Trata-se de uma manifestação do que é chamado no campo das Relações Internacionais de soft power: a política linguística exterior pode abrir caminhos para a consecução de interesses estratégicos do Brasil, de ordem comercial ou política, por exemplo. Entretanto, tais interesses dificilmente são explicitados. Por isso, considero essa política silenciosa: tudo se passa como se fosse mera política cultural, de fortalecimento de laços de fraternidade entre o Brasil e outros países', afirma o professor Leandro Rodrigues Alves Diniz, da Faculdade de Letras da UFMG, que investiga o tema há muitos anos e publicou em 2020, pela Editora UFMG, 'Para além das fronteiras: a política linguística brasileira de promoção internacional do português'.

As ações de promoção do português coordenadas pelo Ministério das Relações Exteriores foram iniciadas na década de 1940 e são materializadas, sobretudo, na atuação do Centros Culturais Brasileiros (CCBs) – presentes em 24 países, sobretudo da África, América do Sul e América Central e Caribe – e dos leitores, que são professores de português enviados para universidades estrangeiras. Entretanto, de acordo com Diniz, a política linguística exterior do Brasil, assim como as de outros países, é marcada por certa descontinuidade. Por exemplo, conforme levantamento feito pelo autor, estavam em funcionamento, em 2010, 60 postos de leitorado; atualmente, são apenas 23."

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Milton Hatoum fala sobre literatura, história e memória em palestra da Fale/UFMG

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"O escritor amazonense Milton Hatoum fará na próxima terça-feira (26/01) a conferência Literatura contemporânea brasileira, história e memória, promovida pela disciplina Seminário de Leitura: Literatura Brasileira, vinculada ao curso de graduação em Letras da Fale. O evento começa às 18h e será transmitido pelo canal do professor da disciplina, Alexandre Fonseca, no YouTube (clique aqui para acessar).

Hatoum falará sobre sua produção literária e sua relação com eventos históricos brasileiros. Recentemente, o autor lançou a trilogia O lugar mais sombrio, cuja narrativa descortina-se nos anos de chumbo da ditadura civil-militar brasileira. O romance é carregado de ilusões, incertezas e sentimentos de uma geração de jovens oprimida por um Estado tirano. Na palestra, o escritor falará sobre trabalhos cuja força crítica serve de alerta para a constante defesa da democracia contra o autoritarismo nos tempos atuais.

Hatoum nasceu em Manaus, em 1952. Ele estudou arquitetura na USP e estreou na ficção com Relato de um certo oriente (1989), vencedor do prêmio Jabuti (melhor romance). Seu segundo romance, Dois irmãos, de 2000, foi traduzido para 12 idiomas e adaptado para televisão, teatro e quadrinhos. Com Cinzas do Norte (2005), Hatoum ganhou os prêmios Jabuti, Livro do Ano, Bravo!, APCA e Portugal Telecom. Em 2008, sua primeira novela, Órfãos do eldorado, foi adaptada para o cinema. Em 2013, ele reuniu suas crônicas em Um solitário à espreita. O escritor é colunista dos jornais O Estado de São Paulo e O Globo.

Outras informações sobre a palestra podem ser obtidas com o professor da disciplina pelo e-mail alexandre.r.fonseca@hotmail.com."

Fonte: https://ufmg.br/comunicacao/eventos/terca-as-18h-em-palestra-milton-hatoum-fala-sobre-literatura-historia-e-memoria

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

UFF divulga edital para seleção de docentes em diversas áreas

 

A Universidade Federal Fluminense (UFF) divulga a abertura de Concurso Público de Provas e Títulos para ingresso na Carreira do Magistério Superior para Professor Adjunto Classe A nível 1, Professor Assistente Classe A nível 1 e Professor Auxiliar Classe A nível 1, em diversas unidades de ensino. 
 
O período de inscrições vai de 11/01/2021 até 11/02/2021.
 
Saiba mais e acesse o edital clicando aqui