PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

UFMG: Estudantes indígenas colam grau no curso de Medicina


Dois alunos indígenas estão entre os cerca de 130 formandos de Medicina que colam grau na UFMG na última sexta-feira, 23. Amaynara Silva Souza e Vazigton Guedes Oliveira, o Zig, são da etnia pataxó e vêm das terras indígenas de Carmésia, no Vale do Rio de Doce mineiro, e de Cumuruxatiba, no Sul da Bahia, respectivamente. A colação ocorrerá às 10h, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina, no campus Saúde.

Para os estudantes pataxós, adaptar-se à metrópole e à Universidade foi um processo de descobertas e desafios. As dificuldades da transição da vila para o meio urbano envolveram desde a geografia e o clima até o ritmo de vida e a distância da família, mas, segundo Amaynara, foram minimizadas pelo apoio dos colegas. Ela destaca também o papel da Fump para sua permanência na Universidade, garantindo condições que sua aldeia não teria meios de suprir.

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Fonte: UFMG

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Nelson Freire, novo Doutor Honoris Causa da UFMG, enaltece a arte como 'modelo de convívio baseado no entendimento entre os humanos'


“Nestes tempos de graves inquietações que agitam a vida dos brasileiros, sinto a homenagem que me presta a Universidade Federal de Minas Gerais como uma chamada à lembrança de que a música é veículo de beleza, equilíbrio, harmonia e amor à verdade." Com essas palavras, e visivelmente emocionado, o pianista Nelson José Pinto Freire abriu seu discurso como o 22º Doutor Honoris Causa da UFMG, durante cerimônia realizada na noite de quinta-feira, 15 de dezembro de 2016, no auditório da Reitoria, campus Pampulha.

Após receber o título, outorgado durante sessão solene do Conselho Universitário, Nelson Freire fez questão de destacar a função exercida pela arte na história em períodos de turbulência. “Em horas de crise, as artes e a cultura assumem um papel de modelo de convívio baseado no entendimento e respeito entre os humanos”, afirmou.

Mineiro de Boa Esperança, no Sul do estado, Freire lembrou, em seu discurso, que logo cedo deixou sua cidade natal e, ao longo de sua carreira, percorreu todos os cantos do mundo, “sempre a serviço da música”. “Durante esses longos anos, nenhuma paisagem me impressionou mais do que aquela que conheci durante a minha infância. Permaneço mineiro de alma e sensibilidade. Por isso, a honraria que ora me conferem meus conterrâneos me comove de modo profundo”, concluiu.

Fonte (imagem e texto): UFMG
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UFMG: Efeito regressivo inicial do Sisu na inclusão socioeconômica foi revertido com integralização da Lei de Cotas



A proporção de ingressantes com perfil de baixa renda familiar na UFMG em 2016, após a integralização da Lei de Cotas, foi de 53%, pouco maior que o percentual verificado em 2012 (48%), último ano em que vigoraram os bônus para egressos de escola pública, com adicional para os que se autodeclarassem pretos ou pardos.

Há, porém, uma distinção fundamental na composição do corpo discente, de acordo com o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi. “Com as cotas, ocorreu uma equalização, de tal maneira que hoje todos os cursos têm proporção parecida desses estudantes, que até 2012 se concentravam em algumas áreas, enquanto outras eram mais elitizadas. Isso faz uma grande diferença do ponto de vista da inclusão”, observa.

No mesmo período, aumentou de 49% para 56% a presença de estudantes que cursaram ensino médio na rede pública, como demonstra relatório elaborado pelo setor de estatística da Pró-reitoria de Graduação (Prograd). O mesmo estudo revela que, pela primeira vez, um terço dos alunos matriculados nos cursos de graduação concluíram ensino médio fora da Região Metropolitana de Belo Horizonte – 21% são oriundos do interior de Minas e 9,6% de outros estados.

A ampliação da base geográfica não foi o único reflexo da adesão da UFMG ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Ao elevar a concorrência pelas vagas, recebendo candidatos de todo o país, o Sisu produziu efeito regressivo na inclusão socioeconômica, causando inicialmente a redução do percentual de estudantes de baixa renda, de 48% em 2012 para 42% em 2014, o que foi gradualmente corrigido com a elevação do percentual de vagas reservadas para as cotas.

Outras mudanças, vividas pela Universidade nos últimos anos, também contribuíram para alterar o perfil dos alunos de graduação. O Programa de Bônus, que vigorou de 2008 a 2012, elevou o percentual de egressos de escola pública, que em 2009 já eram 45%, frente aos 31% de 2007.

Além disso, o Vestibular foi substituído em 2014 pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que se tornou critério único de seleção para a maior parte dos cursos de graduação – com exceção dos cursos que exigem provas de habilidades específicas. 
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Fonte (imagem e texto): UFMG