PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Livro celebra a produção literária de Minas

Foi lançado ontem (22), em evento do BDMG transmitido pelo canal da instituição no YouTube, Literatura mineira: trezentos anos. Organizado pelo professor emérito da UFMG Jacyntho Lins Brandão, o livro é uma obra para celebrar a rica produção literária de Minas Gerais e os muitos escritores e escritoras que ganharam o Brasil e o mundo com suas histórias desde que o estado foi fundado, há 300 anos.

"Os ensaios presentes na publicação compõem um admirável painel da produção das letras de Minas Gerais, do século 18 ao 21, em uma original configuração que tanto contempla o eixo cronológico da periodização literária quanto efetua pertinentes recortes temáticos, abertos a temas e problemas nem sempre devidamente considerados por nossa historiografia tradicional, a exemplo, entre outras, da literatura indígena, da infantojuvenil e da marginal.

Em Literatura mineira: trezentos anos, o leitor encontra muito mais do que a história das diversas literaturas de Minas. É um livro para nos havermos com palavras, versos, prosas, histórias e linguagens que atravessam por obras como a de Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Cláudio Manuel da Costa, Bernardo Guimarães e Ana Martins Marques e tantos outros."

O livro será distribuído, gratuitamente, para bibliotecas do sistema público de Minas Gerais, e a versão online pode ser acessada gratuitamente clicando aqui.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

"Os homens se educam entre si mediados pelo mundo"

CEFORTEPE / Luiz Carlos Cappellano / Reprodução

No dia 19/09, Paulo Freire completaria 99 anos. Para o educador, "não bastava aprender a ler e escrever, mas aprender a 'ler o mundo'. Era preciso um método diferente que, ao invés da 'educação bancária', na qual os professores 'depositam' conhecimento em alunos passivos, propunha-se uma educação interativa, em que ambos aprendem por meio do diálogo e de um saber contextualizado na realidade. 'Os homens se educam entre si mediados pelo mundo', dizia. Com o seu método, que valorizava a realidade e o conhecimento dos alunos para cruzá-los com outras informações, Freire chegou a alfabetizar 300 cortadores de cana em menos de dois meses.

Seu trabalho com analfabetos pobres teve início por volta de 1946, quando ele assumiu a direção do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria (SESI) de Pernambuco. Paralelamente, ele exerceu diversos cargos públicos: Conselho Consultivo de Educação do Recife (1956), diretor da Divisão de Cultura e Recreação do Departamento de Documentação e Cultura (1961); e foi professor efetivo de história e filosofia da educação da Escola de Belas Artes.

Mas foi como diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife, em 1961, que ele realizou as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do “Método Paulo Freire”. Os resultados exitosos de sua metodologia levaram o governo brasileiro, sob a presidência de João Goulart, a aprovar a aplicação do mesmo no Plano Nacional de Alfabetização.

Com o Golpe Militar de 1964, o Plano foi extinto, Freire foi acusado de ameaça à ordem, preso e exilado por mais de 15 anos. No exílio, esteve em países como Bolívia, Suíça, Tanzânia, Inglaterra, Guiné-Bissau e Chile – quando chegou a trabalhar nas Organizações das Nações Unidas (ONU).

Após a publicação de “Pedagogia do Oprimido”, em 1969, foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard. Só em 1980, o educador pôde voltar ao Brasil, onde assumiu cargos de docência na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC–SP) e na Universidade de Campinas (Unicamp) e, entre 1989 e 1991, trabalhou como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo.

Mais do que um método, a ideia de Paulo Freire para a educação é uma concepção de mundo, que propõe uma sociedade onde os conhecimentos estão em eterna construção mediados pelo diálogo, pela realidade e pelo afeto." (fonte: http://www.espacociencia.pe.gov.br/?p=16944)

 
Acesse aqui 17 obras fundamentais do educador em pdf: https://cpers.com.br/paulo-freire-17-livros-para-baixar-em-pdf/

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Resenha: "O mercador de sorrisos", de Édimo de Almeida Pereira

 Créditos: divulgação

"Há alguns dias, recebi 'O mercador de sorrisos', livro do escritor afro-mineiro Édimo de Almeida Pereira. Publicado em 2019 pela editora Paulus, tem como alvo o público infantil, porém, antes de qualquer coisa, é preciso ressaltar que é uma obra para todas as faixas etárias. Ao longo de trinta e uma páginas, o autor tece um registro sensível a respeito de uma das questões mais caras do nosso tempo: a busca pela felicidade.

Ambientada em uma aldeia, a história é contada embaixo de uma figueira pela velha Oyagbami, cuja memória guarda a chegada de um mascate, que levava consigo uma 'grande arca abarrotada de sorrisos', comercializados em troca de objetos carregados de valor sentimental. (...)

Confesso que, após a leitura de 'Mercadores de sorrisos', senti e vi espairecerem algumas angústias que o momento presente tem me trazido. Talvez esse seja o ponto alto do livro: a autoria, as ilustrações de Denise Nascimento e os personagens negros o colocam na galeria de produções literárias afro-brasileiras, porém, Édimo de Almeida Pereira toca fundo em uma questão universal – a comercialização da felicidade, bem que não se pode vender ou comprar.

Pensando nas crianças, expostas precocemente à mercantilização de sorrisos e ao consumo, a história contada pela velha Oyagbami ensina sobre a importância de perceber a felicidade nas coisas miúdas, cotidianas. A narrativa traz ainda a percepção de que perdas, tristezas e decepções fazem parte da vida.

Trata-se de um livro belo e profundo, que deveria estar nas salas de aula de todo o Brasil. Um livro para mim, para você, para as crianças: assim defino a obra de Édimo de Almeida Pereira."

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Museu Virtual da Lusofonia

 

"O Museu Virtual da Lusofonia é uma plataforma de cooperação acadêmica em ciência, ensino e artes, no espaço dos países de língua portuguesa e das suas diásporas, e se estende também à Galiza e à Região Autónoma de Macau, reunindo num esforço comum Universidades, com projetos de investigação e de ensino pós-graduado na área das Ciências da Comunicação e dos Estudos Culturais, assim como associações culturais e artísticas, todos interessados na construção e no aprofundamento do sentido de uma comunidade lusófona.

Sendo uma plataforma virtual, o Museu Virtual da Lusofonia tem também a pretensão de ser um mecanismo que convide à participação ativa dos cidadãos, na disponibilização de registros, no comentário às ‘obras’ preservadas no museu, na (re)construção de uma memória coletiva."

Saiba mais sobre o projeto e visite o museu em http://www.museuvirtualdalusofonia.com/