PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

LinTrab publica antologia sobre Mário de Andrade


 
(Retrato de Mário de Andrade, 1922, Tarsila do Amaral)
Acaba de ficar pronta a terceira antologia produzida pelo LinTrab: "Mário de Andrade e os trabalhadores - antologia de prosa e verso". O livro reúne textos escritos por Mário Raul Moraes de Andrade (1893-1945), um dos principais expoentes do modernismo na cultura brasileira. Mário de Andrade foi um intelectual múltiplo: dedicou- se a literatura, música, etnografia, folclore, arquitetura, fotografia, crítica literária e preservação histórica e artística, entre outras atividades culturais. Foi também o primeiro chefe do Departamento (hoje Secretaria) Municipal de Cultura, na capital paulista, e um dos criadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Toda a sua obra busca o “resgate de um Brasil de feição mestiça e desgarrado dos padrões europeus de então, mais indígena, mais africano, mais caboclo e caipira, [que] inicia uma nova síntese cultural [e] procura abarcar as múltiplas faces da brasilidade”, como afirma o próprio autor.

O livro eletrônico está disponível gratuitamente no site da Editora Viva Voz, da UFMG (http://www.letras.ufmg.br/padrao_cms/documentos/eventos/vivavoz/Mario%20de%20Andrade%20e%20os%20trabalhadores%20ebook.pdf), e aqui no blog do LinTrab.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Abertas inscrições para curso de especialização na FALE/UFMG


Estão abertas as inscrições para a seleção do "PROLEITURA – Curso de Especialização em Língua Portuguesa: Teorias e Práticas de Ensino de Leitura e Produção de Texto" para ingresso no 1º semestre de 2020. Serão ao todo 30 vagas. O período de inscrição é de 16 de setembro a 29 de novembro de 2019 e pode ser realizada pessoalmente, no posto de atendimento da FUNDEP (Praça de Serviços, campus Pampulha da UFMG), em dias úteis, de 8h às 17h ou pela internet (www.fundep.ufmg.br). 
O candidato deverá preencher o formulário online (disponível aqui) e, imediatamente após, enviar a documentação requerida no Item 3 do Edital (disponível aqui) para o e-mail proleitura.letras@gmail.com. A taxa de inscrição a ser paga é R$ 30,00.
A seleção será realizada por meio da análise da carta de intenção de cada candidato, e o resultado final divulgado em 05 de dezembro de 2019, pelo site www.letras.ufmg.br/proleitura.
Para inscrições, Edital e mais informações, acesse www.letras.ufmg.br/proleitura.
Dúvidas? (31) 3409-6045 / proleitura.letras@gmail.com.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Primavera dos museus da UFMG



No período de 23 a 29 de setembro, unidades da UFMG apresentam programação especial pela Primavera dos Museus. A iniciativa, de abrangência nacional, é organizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e tem como tema 'Museus por dentro, por dentro dos museus'. A programação do Espaço do Conhecimento UFMG vai até domingo, 29, com exibição de filme, recreação no tapete astronômico do museu e observação do sol realizada com telescópio solar. Visitas mediadas e uma ação educativa são outras atrações. O Espaço do Conhecimento está localizado na Praça da Liberdade, 700. Confira as atividades de outros espaços em https://www.ufmg.br/rededemuseus/index.php/noticias/eventos/item/357-20190920-rede-eventos

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Unesco lança indicador que relaciona educação a desigualdades socioeconômicas, de raça e de gênero



“A Unesco no Brasil lançou recentemente o Indicador de Desigualdades e Aprendizagem (Idea), que relaciona a qualidade da educação (que considera permanência e aprendizado dos estudantes que concluíram as duas etapas do ensino fundamental) com as desigualdades socioeconômicas, de raça e de gênero. Um dos formuladores da medida é o professor José Francisco Soares, emérito da UFMG, que trabalhou em conjunto com pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto e da Universidade de Campinas. 
O Idea, calculado para os municípios com base em dados da Prova Brasil de 2005 a 2017, parte do princípio de que qualidade educacional no Brasil deve ser associada às desigualdades, incluindo a exclusão histórica dos negros. ‘O que esperamos é que os governos tragam a preocupação com as desigualdades para o centro de suas ações. Precisamos mudar nossos objetivos educacionais, na direção de aquisição de habilidades necessárias para o século 21, como o pensamento crítico, criatividade, colaboração, comunicação, cidadania e habilidades interpessoais’, defende Francisco Soares.”

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Virada Cultural de BH: ocupar e viver a cidade


No próximo fim de semana (20 e 21/07) acontece em BH mais uma edição da Virada Cultural, evento que reúne uma programação extensa e diversa, com música, teatro, dança, artes plásticas, performance, gastronomia, moda, intervenções urbanas, literatura, lazer e outras experiências em suas 24 horas ininterruptas de duração. Realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e Fundação Municipal de Cultura (FMC), a Virada conta com apoio de diversos parceiros públicos e privados. 
Serão aproximadamente 400 atrações, que contemplam artistas locais, convidados e uma programação parceira que movimenta os espaços culturais do Município. Inspirada por um movimento francês e por outras capitais brasileiras, especialmente São Paulo, a Virada Cultural de Belo Horizonte já teve quatro edições e mobilizou mais de 1,6 milhão de pessoas. 
A programação é gratuita e pode ser acessada em http://viradacultural.pbh.gov.br/2019/

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Indígenas começam a ingressar na pós-graduação da UFMG

"Objetos de estudos antropológicos desde o século 19, os povos indígenas começam a desempenhar papel de sujeitos em pesquisas nas universidades brasileiras. Na UFMG, sete indígenas – procedentes de Minas Gerais, da Bahia e da Amazônia – ingressaram neste semestre letivo como alunos de mestrado e doutorado, para investigar temas como currículo e matrizes culturais, infância e cultura pataxó e o fazer epistemológico dos povos Xakriabá e Wai Wai.
'A UFMG nos recebeu muito bem, primeiro em cursos de graduação, há mais de dez anos. Hoje já temos um pé aqui dentro, o que nos ajuda a abrir mais portas para a defesa de direitos. Isso é fundamental, porque vivemos tempos sombrios', comenta Kanátyo Pataxoop, liderança da aldeia Muã Mimatxi, localizada em Itapecerica, Minas Gerais."

terça-feira, 4 de junho de 2019

Curso Proleitura abre inscrições

O Proleitura (Curso de Especialização em Língua Portuguesa: Teorias e Práticas de Ensino de Leitura e Produção de Texto) está com inscrições abertas para o 2º semestre deste ano. O curso tem duração de 3 semestres e reserva 10% das vagas para a participação gratuita de candidatos carentes e de servidores da UFMG.
Entre os objetivos do curso estão:
- atender à formação de professores especialistas em leitura e produção de textos, tendo em vista a potencialidade inovadora da FALE e a necessidade de aprimoramento da competência em leitura e produção de textos no País.
- atualizar e aprofundar a qualificação de professores dos cursos de Graduação em Letras, bem como profissionais de outras áreas, por meio de um curso ofertado na modalidade presencial.
- implementar a formação de especialistas cuja prática esteja adequada ao mundo contemporâneo - considerando-se a revolução nas áreas de produção e recepção de textos literários e não-literários.
- refletir sobre a relação entre a pesquisa e a prática de ensino, estimulando a produção de materiais didáticos aplicados ao ensino da leitura e da produção de textos no contexto do ensino básico brasileiro.

As inscrições vão até 28/06.

Mais informações em http://www.letras.ufmg.br/proleitura/

segunda-feira, 13 de maio de 2019

A luta esquecida dos negros pelo fim da escravidão no Brasil

"Há 130 anos, o domingo de 13 de maio de 1888 amanheceu ensolarado no Rio de Janeiro, a capital do Império do Brasil. Era um dia de festa. A escravidão chegava ao fim por meio de uma lei votada no Senado e assinada pela princesa Isabel.
O Brasil era o último país da América a acabar com a escravidão. Ao longo de mais de três séculos, foi o maior destino de tráfico de africanos no mundo, quase cinco milhões de pessoas. Grande parte dos descendentes daqueles que chegaram também fora escravizada.
'Todos saímos à rua. Todos respiravam felicidade, tudo era delírio. Verdadeiramente, foi o único dia de delírio público que me lembra ter visto', recordou cinco anos depois o escritor Machado de Assis, que participou das comemorações do fim da escravidão, no Rio.
Outro escritor afro-descendente, Lima Barreto, completava 7 anos naquele 13 de maio e celebrou o aniversário no meio da multidão. Décadas depois, se lembraria: 'Jamais na minha vida vi tanta alegria. Era geral, era total. E os dias que se seguiram, dias de folganças e satisfação, deram-me uma visão da vida inteiramente (de) festa e harmonia'.
Na festa, Isabel foi exaltada pelo povo. Mas a abolição não foi uma ação benevolente da princesa e do Senado. Tampouco derivava apenas da exaustão do modelo econômico baseado no trabalho escravo, que precisava ser substituído pelo trabalho livre.
O fim da escravidão no Brasil foi impulsionado por diversos fatores, entre eles, uma importante participação popular. Cada vez mais escravos, negros livres e brancos se juntaram aos ideais abolicionistas. Sobretudo, na década de 1880.
As principais táticas eram a reunião em diferentes associações abolicionistas, a realização de eventos artísticos para angariar apoio, o ingresso de processos na Justiça e até o apoio a revoltas e fugas de escravos. (...)
Ricardo Tadeu Caires Silva, professor da Universidade Estadual do Paraná, explica que durante muito tempo o estudo da história tratou a abolição como uma dádiva da princesa Isabel, 'ignorando a agência dos principais interessados na abolição: os escravos'. Somente mais tarde, os escravos passaram a ser considerados protagonistas do processo.
'Aqueles que vencem a batalha é que fazem a narrativa. Nós historiadores temos que reconstituir o processo da batalha, para recuperar as vozes daqueles que não foram ouvidas', complementa Maria Helena Machado, também da USP, especialista em escravidão."

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Estudantes indígenas relatam a troca entre o saber tradicional e o conhecimento científico


"A estudante de Agronomia Neilma Rodrigues Souza, 21 anos, ingressou em 2019 no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, em Montes Claros. Oriunda da Aldeia Tenda Rancharia, município São João das Missões, no Norte de Minas, a aluna Xakriabá espera integrar os saberes tradicionais aos conhecimentos científicos para ajudar sua família e seu povo. 'Meu pai me ensinou que, quando o vento sopra pela esquerda, é sinal de chuva e tempo próprio para o plantio. Ele sonha com esta minha graduação para trabalharmos juntos', revela Neilma. 

No próximo mês, o professor de ensino médio Érick Xakriabá, 26 anos, da Aldeia Sumaré 1, a segunda maior entre as 36 em São João das Missões, passa a integrar a nova leva de alunos da UFMG que se habilitará em Ciências da Vida e da Natureza, uma das quatro ofertadas pela Formação Intercultural de Educadores Indígenas. Iniciativa da Faculdade de Educação, a Fiei prepara professores para atuarem nos ensinos fundamental e médio de suas comunidades.

Érick ingressou, neste ano, em Odontologia, um dos seis cursos regulares de 2019 que abriu processo seletivo para preenchimento de 12 vagas suplementares para estudantes indígenas. 'Quando a gente chega à UFMG estranha o conhecimento científico, que obriga a provar tudo. Mas como dizem nos anciãos: um pé no mundo e outro na aldeia', afirma". 
Leia matéria na íntegra em https://ufmg.br/comunicacao/noticias/saberes-indigenas-e-educacao-intercultural-marcam-entradas-de-indigenas-na-ufmg

Assista à reportagem em https://youtu.be/kOE4wlOA2SQ

quarta-feira, 3 de abril de 2019

UFMG oferece cursos gratuitos de línguas

Estão abertas as inscrições para quatro cursos de línguas promovidos pelo Idiomas sem Fronteiras (IsF): italiano, espanhol, francês e inglês, com carga horária entre 16h e 32h. As aulas ocorrem duas vezes por semana e terão início no dia 29 de abril, nos campi Pampulha e Montes Claros. São ofertadas 25 vagas para cada curso, que são gratuitos para a comunidade da UFMG.
Podem participar estudantes de graduação e pós-graduação de qualquer área do conhecimento, professores e servidores técnico-administrativos com vínculo ativo na UFMG, alunos do Coltec, do Teatro Universitário (TU), professores da Secretaria Municipal de Educação e funcionários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Mais informações em http://www.letras.ufmg.br/isfufmg/

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Encontro Transdisciplinar na UFMG traz como tema literatura de imigrantes


Literatura de Imigrantes é o tema do Encontro Transdisciplinar que irá reunir a professora Cristina Cheveresan da West University of Timisoara, Romênia, e o professor Elcio Loureiro Cornelsen da Faculdade de Letras da UFMG no dia 25 de março, a partir das 14 horas, no Auditório A102 do Centro de Atividades Didáticas de Ciências Humanas - CAD2/UFMG. O encontro é aberto ao público amplo mediante inscrições gratuitas que devem ser realizadas com preenchimento de formulário eletrônico em https://goo.gl/forms/9zuTm8Iyzklv3sLh1
A professora Cristina Cheveresan irá trazer a experiência de duas reconhecidas escritoras americanas de origem latina, Julia Alvarez (dominicana) e Cristina Garcia (cubana), destacando como essas autoras percebem e ficcionalizam os processos de formação de identidade transnacional e negociação cultural, desencadeados pelas experiências e deslocamentos diaspóricos causados pelos notórios regimes de Trujillo, na República Dominicana, e Castro, em Cuba.
A apresentação do professor Elcio Cornelsen versará sobre o romance O idiota do século XXI: um divã (Der Idiot des 21. Jahrhunderts: Ein Divan), do escritor alemão Michael Kleeberg, publicado em 2018. Em especial, será enfocado o capítulo “Gottfried e Amir”, no qual os personagens que lhe dão título - um imigrante alemão do século XIX e um refugiado sírio do século XXI, numa cena inusitada, dialogam sobre suas vivências traumáticas de imigração, fuga e exílio.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Centenário de morte de Olavo Bilac



“Contam que Olavo Bilac (Rio de Janeiro *16/12/1865 +28/12/1918), que havia sido um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, pilheriava sobre a sua condição de imortal, como eram chamados os membros daquela casa, na qual ocupou a cadeira de número quinze. Dizem que respondia ser imortal por não ter onde cair morto. Pois há cem anos, trinta depois da publicação do seu primeiro livro, Poesias (1888), Bilac deixou a vida terrena e virou imortal.

A fúria com que alguns dos primeiros modernistas investiram contra o passado foi talvez a responsável por uma certa diminuição do valor de Bilac. Aos olhos de alguns daqueles, seu parnasianismo era uma espécie de condenação póstuma. 

Mas em vida, Bilac foi um poeta extremamente popular. Nos convescotes literários da época todos declamavam os seus sonetos. O poeta Manuel Bandeira creditava essa popularidade de Bilac a sua fluência na linguagem e na métrica, bem como a sua sensualidade à flor da pele. Segundo Bandeira, esse conjunto tornava-o muito acessível ao grande público.


O republicano Bilac era um romântico, de um romantismo sensual, erótico, de clara influência baudelairiana. Mas era também um homem antenado com o seu tempo, ou mesmo à frente dele. 


Na crônica "Os Boers", de 1900, o poeta afirma que “Agredir um homem para lhe tomar o fruto das suas economias é uma ação negra que leva ao calabouço e ao patíbulo, mas agredir um povo para lhe arrebatar a fortuna, a liberdade e a honra, é uma ação gloriosa e bela, que se pratica com uma desfaçatez sem par”. O professor Sânzio Azevedo, ao comentar esse trecho, afirmava que ele era de uma contundente atualidade. E chama a atenção para o fato de Bilac ter apoiado o povo russo na sua tentativa revolucionária em 1905. (...)


Leiamos Bilac em voz alta, e mesmo nesses tempos de ódio e intolerância, sejamos capazes de perder o senso e ouvir estrelas. E sejamos também capazes de amar, para poder ouvi-las e entendê-las. Pois como disse o poeta que imortalizou-se há um século, “só quem ama pode ter ouvido, capaz de ouvir e de entender estrelas”.

ORA (DIREIS) OUVIR ESTRELAS! 
XIII 

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo 
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, 
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto 
E abro as janelas, pálido de espanto ... 

E conversamos toda a noite, enquanto 
A via láctea, como um pálio aberto, 
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, 
Inda as procuro pelo céu deserto. 

Direis agora: "Tresloucado amigo! 
Que conversas com elas? Que sentido 
Tem o que dizem, quando estão contigo?" 

E eu vos direi: "Amai para entendê-las! 
Pois só quem ama pode ter ouvido 
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

 


* Texto de Joan Edessom. 

Leia na íntegra em http://www.vermelho.org.br/noticia/317774-1