Há
exatamente um mês, a baiana Creuza Maria Oliveira, 56, comemorava com um largo
sorriso uma conquista histórica para a sua categoria: a aprovação da emenda que
amplia os direitos dos domésticos. As novas regras tentam mudar a rotina de 7,2
milhões de trabalhadores em todo o país. Neste sábado (27), é celebrado o Dia
da Empregada Doméstica.
Com mais de 30 anos no
movimento sindical e mais de 46 anos de trabalho doméstico, Creuza é presidente
da Fenatrad (federação nacional da categoria) e diz que, apesar das
comemorações, o principal obstáculo ainda é superar a nossa herança
escravagista.
“O que tem incomodado os
patrões e as patroas é a possibilidade de ter que pagar adicional noturno para
a empregada que mora no local de trabalho. Aquela relação casa-grande e
senzala, em que empregado está disponível e sempre próximo da casa-grande,
ainda permanece”, diz. "Não existe nenhuma categoria que more no local de
trabalho, só o doméstico, e esse trabalhador precisa ter a sua cidadania:
estudar, ter família, cumprir horário", acrescenta.
(...)
Fonte: UOL
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