Historicamente, a literatura da psicologia mobiliza
a inteligência como o principal preditor para o desempenho acadêmico e escolar.
No entanto, um estudo em desenvolvimento na Fafich está descobrindo que a metacognição
é tão – ou mais relevante – que a inteligência para predizer esse desempenho, e
que as duas, juntas, podem possibilitar um novo patamar nesse tipo de
avaliação.
O trabalho vem sendo desenvolvido pelo pesquisador Hudson Golino, do Laboratório de Investigação da Arquitetura Cognitiva (LaiCo) da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), sob a orientação do professor Cristiano Mauro de Assis Gomes. Hudson é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Neurociências, e sua tese, que reunirá os resultados dos seus estudos, deve ser defendida em 2014. Um artigo sobre o assunto, assinado pela dupla, acaba de ser aprovado para publicação na revista PRC: Psychology, editada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tida como o mais conceituado periódico de psicologia da América Latina.
Segundo Hudson, a percepção da relevância da metacognição para a predição do desempenho escolar é recente. “A inteligência sempre foi a área da psicologia mais estudada. São mais de cem anos de pesquisa nessa linha”, afirma. Hudson destaca que a literatura aponta a inteligência como responsável por explicar entre 25% e 50% da variância das notas escolares.
“É muita coisa, claro, mas o que isso significa? Significa, por outro lado, que entre 50% e 75% da variância do desempenho escolar não são explicados pela inteligência. Foi a partir dessa lacuna que chegamos à importância da metacognição na predição”, explica o pesquisador.
(...)
Fonte: UFMG
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