Desde
que foi criada, há 17 anos, a Escola Municipal Valneri Antunes, de Porto
Alegre, incentiva o gosto pela leitura entre os alunos, todos da educação
infantil. Localizada no Parque Chico Mendes, no bairro Mário Quintana, a escola
tem 204 alunos com idades de um ano a 5 anos e 11 meses. Eles ficam na
instituição das 7 às 19 horas.
O interesse pelas obras de literatura infantil é
estimulado constantemente. Em um espaço de leitura usado pelas 11 turmas, os
estudantes têm a oportunidade de escutar histórias e manusear livros e são
orientados a tratar as obras com cuidado. “Achamos que a literatura seria uma
ajuda à comunidade, que enfrenta muitos problemas com drogadição e violência”,
explica a pedagoga Lia Fernanda Fadini, diretora da escola há seis anos.
Especializada em educação infantil, ela está há 19 anos no magistério.
A preocupação da escola em incentivar a leitura
levou à participação no Concurso Escola de Leitores – Programa Prazer em Ler. O
projeto Pipoletras (carrinho de pipoca com livros), criado pela professora
Sigrid Fraga Moreira, ficou entre os vencedores da segunda edição (2011-2012).
“A premiação provocou uma verdadeira revolução literária”, diz Nara de Freitas,
vice-diretora da instituição. As mudanças ocorreram não só no espaço de
leitura, revitalizado, com paredes coloridas, pufes, mesinhas e cadeiras
coloridas adequadas à faixa etária, mas em todas as salas de aula, que dispõem
agora de um cantinho de leitura.
Nara considera como principal mudança a postura de
educadores e funcionários. Eles aprenderam, em cursos de formação, que os
livros não têm de ficar fechados e começaram a incentivar e a valorizar a
literatura entre os próprios colegas. Segundo a professora, o grupo tinha
grande dificuldade em abrir o armário e liberar o acervo à comunidade. Houve
compra de novos livros, tanto de literatura infantil quanto para adultos e até
os funcionários começaram a ler mais, nos períodos de intervalo ou retirando
obras para ler em casa. “Hoje, os armários foram substituídos por prateleiras
ao alcance das crianças”, ressalta a pedagoga, com especialização em educação
infantil e 21 anos de magistério.
(...)
Fonte: MEC
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