Texto de João Franzin
Enquanto partidos, segmentos políticos,
grande mídia e supostos analistas desenham um cenário nacional de desorientação
e tentam passar a imagem de um país no abismo, o movimento sindical faz o
inverso.
O sindicalismo, respeitando as próprias
diferenças, mas se concentrando no princípio da unidade, vai no caminho oposto. As centrais se reúnem,
debatem, divergem, mas, ao final, se articulam unitariamente.
Exemplo disso é o grande ato nacional,
em 9 de abril, para o qual CUT, Força, UGT, Nova Central, CTB, CGTB e outras
entidades já definiram forma e conteúdo. A manifestação programada reafirma as
demandas classistas, marca seu caráter cívico e chama atenção para o aspecto
pacífico, que é marca das lutas trabalhadoras brasileiras.
A diferença qualitativa entre a
interpretação da realidade nacional por grupos (mídia, inclusive) de oposição e
a postura articulada e unitária do movimento sindical tem explicações. Os
primeiros expressam o País (quanto pior melhor) que eles gostariam de ver, pois
combatem a atual hegemonia política; já a representação trabalhista expressa o
País real vivido - onde o peso dos avanços não é contaminado pelo preconceito
de classe, por erros (concretos) do governo ou desvios ideológicos.
(...)
Fonte: DIAP
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