PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Fale/UFMG passa a oferecer licenciatura em Libras


A Fale/UFMG passa a oferecer licenciatura em Libras, formando docentes e aumentando a inclusão da comunidade surda. A criação do curso foi aprovada em novembro pelo Conselho Universitário da UFMG e atende a uma minoria linguística que não tem o Português como língua primária. De acordo com a professora Giselli Mara da Silva, coordenadora do Colegiado do novo curso, a origem da relação diferenciada que a comunidade de surdos constrói com a Língua Portuguesa se dá no momento que os deficientes auditivos usam o Português apenas para ler e escrever, o que os leva a enxergar, na Língua Brasileira de Sinais (Libras), um símbolo cultural: “Para essas pessoas, o termo ‘surdo’ não tem um sentido pejorativo. Pelo contrário, ser ‘surdo’ ou ‘surda’ é fazer parte de uma comunidade e fazer uso da Língua de Sinais”, explica.
Desde o Decreto 5.626/2005, que estabelece diferentes estratégias para assegurar o reconhecimento da Libras como uma língua no Brasil, a demanda de professores para a área aumentou. Essa necessidade social é reiterada pelos dados que embasam o projeto pedagógico da Licenciatura Especial em Letras-Libras e que indicam o aumento do número de estudantes das disciplinas da área de Libras desde 2010 – primeiro ano em que Fundamentos de Libras on-line foi ofertada na Fale. Em 2015, a Faculdade recebeu mais de quatro mil pedidos para cursar essa disciplina e, no primeiro semestre do ano seguinte, 2.345 pessoas demonstraram o mesmo interesse. Atualmente, 1.050 alunos, de todas as áreas do conhecimento na UFMG, participam das atividades on-line e, na modalidade presencial, o curso conta com 35 estudantes, em sua maioria da Fale.
Em ofício de dezembro de 2015, a Secretaria de Educação de Minas Gerais solicitou que a UFMG oferecesse o curso de formação em Libras. Segundo Giselli Mara, as conversas que deram origem à Licenciatura em Letras-Libras iniciaram-se em 2016, e, já naquela época, entendia-se a necessidade de que o curso que fosse separado das outras licenciaturas, dirigido somente à formação de docentes da Libras. Em consonância com essa visão, o processo seletivo será destinado também à comunidade surda e composto de duas provas, em Português e em Libras.
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