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sexta-feira, 14 de maio de 2021

Projeto que envolveu sete áreas da UFMG cria tecnologia acessível para desinfecção do ar


"Uma tecnologia de desinfecção do ar foi recentemente desenvolvida por pesquisadores de sete áreas da UFMG. O professor Alexandre Leão, da Escola de Belas Artes da UFMG, que é engenheiro mecânico e trabalha com imagem multiespectral na área de Fotografia e Cinema, participou do projeto. No ano passado, ao ter acesso a um documento sobre a eficiência da lâmpada de UV-C para desinfecção do ar, ele teve a ideia de criar um dispositivo com essa tecnologia para combater o coronavírus. 'Comecei a conversar com outros pesquisadores e percebi a necessidade de envolver cientistas de múltiplas áreas para garantir a construção de um equipamento seguro e eficiente', relata.

Hoje, o grupo é formado por profissionais de áreas como biologia, engenharia, física, conservação preventiva de bens culturais e imagem científica. A pesquisa recebe financiamento da Pró-reitoria de Pesquisa (PRPq) e é gerida pela Fundep.
O dispositivo desenvolvido pelos cientistas é parecido com um ventilador torre, e seu funcionamento é de fácil compreensão. Ele aspira o ar do ambiente contaminado e joga os microrganismos para sua parte interna, onde eles são expostos à radiação da lâmpada UV-C, o que provoca danos em seus DNA e RNA. O protótipo foi testado em ambiente fechado de 25 metros quadrados e inativou 95% dos microrganismos presentes no ar após 24 horas.
A tecnologia foi desenvolvida para a desinfecção do ar em ambientes fechados e pequenos. Segundo o professor, profissionais de saúde já vislumbram seu uso em hospitais e laboratórios para o combate a vírus, bactérias e fungos, entre outros microrganismos. A Universidade já negocia com uma empresa a cessão da patente para o início da produção do dispositivo.
Alexandre Leão faz questão de ressaltar que, desde o início, o objetivo da pesquisa é oferecer à sociedade uma solução eficiente e de baixo custo. Por isso, a UFMG concederá acesso gratuito à patente para instituições públicas. De empresas privadas serão cobrados royalties (compensações) simbólicos, e elas ficarão isentas de taxa de acesso.
O projeto será apresentado em um dos principais eventos internacionais de divulgação científica, o Pint of science, que tem o objetivo de popularizar a ciência por meio do encontro descontraído entre pesquisadores e população. Neste ano, o festival será de 17 a 19 de maio. Em Belo Horizonte, o evento é realizado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), pelo Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau) e pela Fundação Ezequiel Dias (Funed)."

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