Afirmou
Dostoievski, não me lembro onde, que a realidade é mais fantástica do que tudo
o que a nossa inteligência pode fantasiar. Passam-se, na verdade, diante dos
nossos olhos coisas que a mais poderosa imaginação criadora seria incapaz de
combinar os seus dados para criá-las.
Esse caso de Vera Zassulitch, cujo retumbante processo fez estremecer a Europa, em 1878, é um deles. Tudo nele é estranho e convém ser ele lembrado agora, quando a Revolução Russa abala, não unicamente os tronos, mas os fundamentos da nossa vilã e ávida sociedade burguesa.
(...)
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