PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O léxico no trabalho



O Sintepav da Bahia vem realizando um bom trabalho na representação dos trabalhadores da construção pesada no estado e o que faz é bem reportado em seu jornal “Via Expressa”.


No último número, por exemplo, está publicada a tabela dos pisos salariais para 2012 conquistados em campanha salarial com vinte dias de greve.

A lista das funções é extensa e cada uma delas vincula- se a um salário com ganho médio de 13% para os trabalhadores menos qualificados e de mais de 10% para os outros.

Um ancineiro teve seu piso aumentado de R$ 1042,80 para R$ 1148,40 o mesmo acontecendo com um besourista e um jeriqueiro; um operador de traçado avança de R$ 1157,20 para R$ 1273,80 e um carreteiro de R$ 1432,20 para R$ 1577,40.

Além de admirar as conquistas fiquei curioso pelas denominações que, em muitos casos, não estão dicionarizadas.

Todos nós sabemos que o léxico de uma língua, isto é, o conjunto das palavras, é vivo, mutável, e evolui com muita rapidez.

E, do mesmo modo que a sociedade carrega suas discriminações e preconceitos, os dicionários relutam em registrar o mundo do trabalho com suas denominações precisas e intrigantes.

A própria Classificação Brasileira de Ocupações— listagem abrangente das múltiplas formas de exercício do trabalho humano — apresenta um atraso em relação à prática viva dos trabalhadores e às suas nomenclaturas.

Para as funções que citei não adianta, por ora, procurar nos dicionários e para algumas nem na própria CBO.

Apenas o saber dos trabalhadores nos dará conta do seu exercício profissional: operadores em máquinas especiais e profissionais de funções definidas nas grandes obras.

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