A previsão é votar o relatório do deputado Arthur
Maia (PMDB-BA) no dia 13 de agosto, na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania da Câmara. O texto é danoso para os trabalhadores e se for aprovado
abre caminho para precarização das relações de trabalho.
As centrais
sindicais criaram hotsite com o propósito de dar ampla divulgação ao debate em
curso sobre o projeto e dar-lhe combate tenaz.
Polêmica:
entenda a discussão
O patronato defende a especialização para uso de
terceirizados, a fim de garantir competitividade, enquanto os trabalhadores
(centrais) defendem entendimento da Súmula 331 do TST, que proíbe a
terceirização nas chamadas atividades-fim.
As centrais ainda defendem que as empresas que usam
serviços de terceirizadas sejam responsáveis solidárias, caso essas não cumpram
suas obrigações trabalhistas, enquanto a bancada empresarial quer a
responsabilidade subsidiária.
As centrais defendem ainda a igualdade de direitos;
direito à informação prévia (saber que setores e quantos serão terceirizados em
uma empresa antes de implementado esse processo); limites para a terceirização;
tipo de responsabilidade entre empresas; e penalização dos infratores.
Competitividade
e precarização
Para os empresários, a terceirização é uma forma de garantir a competitividade e a geração de empregos. Na avaliação da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), um dos pontos mais polêmicos do projeto está relacionado à corresponsabilidade das empresas contratantes dos terceirizados no caso de ações trabalhistas.
Para os empresários, a terceirização é uma forma de garantir a competitividade e a geração de empregos. Na avaliação da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), um dos pontos mais polêmicos do projeto está relacionado à corresponsabilidade das empresas contratantes dos terceirizados no caso de ações trabalhistas.
A correlação que se pode fazer é o fato de o País
ter uma robusta legislação trabalhista que é sistematicamente vulnerada,
desrespeitada. Imagine-se, então, se se aprovar uma legislação como a que está
sendo proposta por meio da terceirização. Aí o limite será o céu para a
precarização das relações de trabalho.
Posição
das centrais
No contexto das negociações, as centrais sindicais defendem:
- igualdade de direitos entre terceirizados e
contratados pela empresa, com mesma convenção de acordo coletivo. Isto,
inclusive, fortalece sindicalmente o trabalhador;
- direito à informação prévia para saber que
setores serão terceirizados antes de implementado o processo;
- limites para a terceirização (contra a
terceirização da atividade-fim);
- responsabilidade solidária, e não subsidiária, da
empresa que contratar terceirizados; e
- penalização dos infratores.
PL 4.330/04: conteúdo e a
posição patronal
O relatório do deputado Arthur Maia sintetiza os interesses patronais sobre o
tema. E está centrado em três pontos fundamentais, com os quais as centrais
divergem frontalmente:
- possibilidade de terceirização da atividade-fim;
- responsabilidade subsidiária da empresa que
fiscalizar o trabalho da terceirizada. Se for constatada irregularidade,
possibilidade de pagamento direto ao trabalhador, deixando de efetuar o repasse
à empresa terceirizada; e
- responsabilidade solidária apenas se a empresa
não fiscalizar a terceirizada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário